Oi pessoal!
Estava tudo programado para nossa resenha da semana ser Main
Hoon Na, um filme divertido e que foi mais um êxito na carreira do nosso
Shahrukh Khan (olha, eu já desisti de entender se o nome dele é separado, junto
ou o cacete, mas como no meu filme favorito estrelado por ele estava junto, fica junto aqui).
Mas acabei assistindo recentemente o filme Ra.One e como foi o pior filme dele
que vi até agora (olha, ser pior que Kabhi Alvida Naa Kehna não é pouca coisa,
hein), vamos logo falar desse desperdício de tempo e depois poderemos começar
nosso especial SRKajol e também apresentar a vocês outros filmes com o SRK, os
melhores filmes indianos que vi na vida.
Primeiro, claro, a sinopse:
“Shekhar Subramaniam (Shahrukh Khan) constrói vídeo games, é
casado com a bela Sonia (Kareena Kapoor), pai de Praatek (o nome do ator é
irrelevante, o muleke é chato pra cacete) e irmão perdido do Coalhada (Força,
Chico Anysio!). Tentando desesperadamente ganhar o amor e respeito do filho,
tem a brilhante ideia de construir um super-mega-ultra-malígno vilão para seu
novo jogo, Ra.One. Para enfrenta-lo, criou o G.One (que tem a cara dele, mas
olhos azuis). A cagada acontece quando Ra.one sai do jogo para enfrentar o
Lucifer (nick do seu filho Patreek, que jogou bem e passou de fase, mas não
zerou o jogo). Ra.One é muito poderoso e maligno, sai matando alguns
personagens e a única forma de salvar o dia é desbloquear o G.One e trazê-lo
ao nosso mundo.”
G.One requebra ao som de Akon! Chammak Challo pra tu também, gato!
Tudo que uma aventura não poder ser é chata e
Ra.One (2011) é
chato. E não é por causa das cenas com músicas, que acredite, são as melhores
coisas do filme
(a melhor cena é justamente quando G.One canta e dança Chammak
Challo com a voz do Akon). As lutas não animam nem um pouco e os momentos
família com o G.One são muito idiotas. Os efeitos especiais são em alguns
momentos até bons, mas na maioria das vezes são
Casa do Tião (a demolição da
casa do Tião na novela América virou parâmetro para efeitos toscos)! Não lembra?
Olha o link:
Casa do Tião. Um filme de ficção científica, no qual os personagens
soltam hadoken deveria ser um pouquinho mais caprichado, não? A cena em que
G.One corre atrás de um trem nem foi tão ruim, a maneira como ele para a
máquina
(com uma forcinha de Ganesha) foi legal, mas não salvou o filme do
fracasso. O trailer até vende que a coisa seria bem feita, mas assim como o pôster,
é propaganda enganosa. Tudo bem que o
Shahrukh tem um corpão, dava uns pegas nele fácil, mas exageraram um pouco nesse photoshop, hein?

Quem for a favor de matarem crianças chatas em filme levanta a mão! \o/
Acho que a pior coisa de tudo foi mesmo a história. Shekhar
podia ser primo do Fantástico Jaspion, mas ele era muito legal. Um sujeito bom
e puro, apaixonado pela família e que adorava dançar. Mas Ra.One sofreu da “Síndrome
Anjos da Noite”, na qual matam de forma desnecessária e escrota o MELHOR
personagem! Isso mesmo, mandei ver no botão “foda-se” e “quem nooooonca?” e
estou liberando spoilers (esse filme é muito ruim, você não vai se dar o
trabalho de baixar). Shekhar faz sua passagem logo no início do filme, depois
de levar um hadoken de Ra.One (cara, ninguém morre de hadoken, você só perde um
pouco de vida na barra, pra você ver como esse filme é mal feito). Agora me diz
pra quê? Pro G.One poder entrar na história e ficar lá no meio da família,
sendo pai e suposto “marido” da Sonia? Durante o tempo que Shekhar ficou no
filme ele só levou patada do filho, por ser frouxo e pacífico. Aí vem o G.One e
vira pai do ano? Que merda de lição é essa? Shekhar era muito legal a sua
maneira e se precisavam de um herói, por que ele não poderia virar o G.One? A
explicação pra esse pessoal sair do game é tão ridícula e escrota que pra uma
pessoa ganhar poderes pelo console do Xbox não seria nada demais.

Ore ga Ore ga Ore ga Seigi da! Jaspion!!
Já percebi que Shahrukh curte umas tramas em que seu
personagem entra na vida das pessoas e como um anjo, resolve todos os pepinos.
Foi assim em Kal Ho Na Ho e em My Name is Khan também. Acredito que a ideia
seria a mesma aqui, com G.One mexendo com as estruturas de todos e ainda
salvando o mundo. Bem, não deu certo. G.One não é muito legal, aquela coisa
robótica é meio manjada. Ele só fica legal mesmo cantando com a voz do Akon,
mas aí ele estava imitando o seu criador (Shekhar, não Deus). A luta final
contra o careca Ra.One (Arjun Rampal) é péssima! Não só porque G.One apanha
mais que Judas em Sábado de Aleluia, mas porque aquela praga daquela criança
fica ajudando. Olha, como eles descobrem o verdadeiro Ra.One após ele usar o
jutsu “Clone das sombras” é lamentável.
Eu comeria. E você?
O filme conta com uma participação especial de Rajinikanth (claro que catei o nome da peça no Google, né?),
vivendo seu personagem Chitti, um super robô (ele é originário do filme “Endhiran”,
que parece ter sido um sucesso por lá). É difícil dizer o que mais impressiona:
se é a roupa, a peruca, o movimento de colocar os óculos ou tudo isso inserido
nesse filme. Coisa que só cinema de Bollywood pode te proporcionar...
Sem comentários.... XD
Quando o filme começou, com Shahrukh de cabelão, andando
numa moto fake, já fiquei meio tensa, pois os efeitos estavam Casa do Tião. Mas
no fim das contas isso ficou irrelevante diante de uma trama fraca, com morte
de bons personagens e um gancho muito descaradamente cretino pra fazer uma
continuação (que eu espero que não aconteça). Não que o nosso SRK não se saia
bem em filme de ação, afinal Don 1 e 2 são bem legais nesse aspecto (Don 2
inclusive foi lançado logo depois de Ra.One, e é muito, muito, muito superior
em todos os sentidos, com o nosso Shahrukh enfiando o cacete em geral em cenas
de ação realmente bem feitas e empolgantes). Pra falar a verdade, seria melhor
a Sonia ter chamado o Don pra dar um pau no Ra.One. O filme teria sido
beeeeeeeeeeem melhor...
Pra ninguém duvidar do talento do nosso Shahrukh Khan!
É muso! É Garoto do Fantástico!