terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dhoom 3

Olha só quem está de volta! Hahaha! Certo, não vamos nos empolgar e achar que teremos várias atualizações semanais, historinhas e tudo mais. Estou tentando voltar aos pouquinhos. Mas pelo menos tentaremos ser razoavelmente ativos, o que já é melhor que nada não? E para reestrearmos na blogosfera, escolhemos resenhar o filme que detém o recorde de maior bilheteria da Índia: Dhoom 3! Mas já vou avisando TERÁ SPOILERS!! Se você não quiser comer o bolo antes do parabéns, pare por aqui a sua leitura! Fica a dica!

Sinopse naquele estilo que você conhece e (talvez) sentiu saudade:

“O policial Jai Dixit (Abhishek Bachchan) e seu inseparável parceiro Ali (Uday Chopra) têm uma nova missão: prender um assaltante de bancos que não só rouba, mas destrói o dinheiro nos cofres. O meliante é muito esperto e parece estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ele é o artista circense Sahir (Aamir Khan), que deseja se vingar dos lobos capitalistas em nome de seu pai”.


Para quem não conhece a franquia “Dhoom” ela começou em 2004 e tem 3 coisas que sempre se repetem desde então: Abhishek e Uday, atrizes belas e sensuais e o protagonista ser o vilão. Isso mesmo, no melhor estilo Rubí La descarada! E este esquema parece estar dando certo, já que os filmes foram grandes sucessos. A terceira parte da franquia tem todos os elementos que a caracterizam, mas a qualidade das cenas de ação, dos efeitos especiais e iluminação estão muito superiores, assim como a maioria dos filmes indianos produzidos hoje em comparação há 10 anos. No entanto, Dhoom 3 não me agradou muito não. Algumas coisas que me incomodavam na franquia, como relegar o personagem do policial à coadjuvante, ficaram ainda mais gritantes (mas reduzir o espaço do Uday no filme eu confesso que não me importei em nada). Acho que ter o Aamir Khan na produção subiu um pouco na cabeça dos produtores e o colocaram como dono absoluto do filme. A história é totalmente sobre ele e sua vingança contra o capitalismo selvagem, colocando o personagem do Abhishek em situações beirando o ridículo. Menos pessoal, menos.

Quando o filme começou eu fui obrigada a dar aquele pause e fazer essa cara:


O filme começa com Sahir menino, em um cenário e ambiente que lembra a Grande Depressão dos anos 20, mas acho que era para colocar tintas ainda mais dramáticas na coisa toda. Até aí tudo bem meus caros, mas do nada aparece um 1990 na tela. Olha, eu não sou nenhuma especialista em matemática, mas o garoto que fazia o Aamir criança passava por uns 10 anos de idade, o que nos leva a concluir que o Sahir tinha 33 anos! Com carinha de 48! (pausa para rir ou xingar a autora do blog, fica a critério) Eu sei que os 3 Khans (que tem a mesma idade e vão fazer 50 em 2015) estão muito bem fisicamente, que ainda dão banho em muito moleque, mas mandar um 33 é passar diploma de palhaço para quem pagou ingresso (ou baixou da internet)! Com essa mentalidade de “jovem é outro papo” e “sente o drama do meu machismo” somos obrigados a engolir as parceiras cada dia mais novinhas para os quase cinquentões Khans (e adjacentes) com a maior naturalidade. Olha, comigo não violão!

Mas acho que o que mais me incomodou em Dhoom 3 foi mesmo o roteiro. Remake é uma coisa, algo normal, copiar uma cena eu acho que até passa, mas pegar uma ideia de outro filme e jogar no seu na maior cara lavada não dá. A jogada do mágico Sahir ter um irmão gêmeo na sombra é totalmente e descaradamente copiada do filme “O Grande Truque” do diretor Christopher Nolan. O pulo do gato de Dhoom 3 é tratado como uma bomba atômica no filme, mas não é nada original. E o gêmeo, que atende por Samar, parece que é autista e manja das traquitanas que os irmãos usam nos espetáculos e nos roubos. O personagem é simpático e até fofo, mas sei lá. Eu não consegui engolir esse plágio.

"O Grande Truque" é um ótimo filme, diga-se.

Acho que eu não comprei a ideia do filme e por isso ficou fácil me irritar com os furos. O pai do Sahir se matar porque vão lhe tomar o circo? E deixa dois filhos pequenos, um deles autista, a Deus dará? Esse leva o título de pai do ano com louvor! E o que dizer dos heróis? Aquela de invadir o palco pra provar que o Sahir era o criminoso porque levou um tiro e simplesmente sair com o rabo entre as pernas foi demais. Ninguém pensou em dar uma geral por ali, quem sabe uma busca? Ora Tabby, sua chata implicante, você, como bem disse a Glorinha Perez, não sabe voar! É pode ser, mas o que dizer do Jai que fez papel de palhaço quase o filme todo e milagrosamente, sabe-se lá como, consegue chegar nos irmãos encrenca no final. Eles devem ter comentado na página do Facebook do circo, porque só assim para o Jai e o Ali conseguirem ter algum êxito nesse filme! O jeito é simplesmente fingir que não viu essa e se perguntar:


As músicas de Dhoom são, na minha opinião, a melhor coisa do filme. A melhor cena é justamente Malang, que é a apresentação do circo, com Aamir e Katrina voando pra lá e pra cá. Foi muito legal mesmo! Kamli é a chance de Katrina Kaif aparecer e ter algum instante de destaque. Ao contrário de Aishwarya Rai em Dhoom 2, Kat mal aparece e sua personagem é quase irrelevante. E como se não fosse o bastante, a música final, tema do filme, momento da Katrina brilhar, foi todo entrecortado por cenas do Aamir em dose dupla. Eu achei totalmente desnecessário. O maior talento de Kat é dançar e nem neste momento deram isso para ela. Mas o blog deixa o vídeo de Dhoom Machale só com ela. Hunf! Ah sim! A cena dos créditos iniciais do Aamir matando barata deu uma saudade louca do Hrithik Roshan em Dhoom 2!


Dhoom 3 é um filme de ação para se ver sem compromisso, de preferência sendo fã do Aamir. Se você for fã do Abhishek ou da Katrina pode ficar um pouco decepcionado. O filme tem seus méritos e é sem sombra de dúvida a franquia mais bem sucedida de bollywood. Acredito que mais filmes Dhoom virão por aí e a receita provavelmente será a mesma. Filmes de ação não costumam ter roteiros que são um primor, precisam apenas ser divertidos e entreter. E esse objetivo Dhoom 3 conseguiu alcançar. Ainda prefiro de longe o Dhoom 2, mas para quem quer passar algumas horas sem pensar muito e curtindo ótimas músicas, Dhoom 3 pode ser uma boa pedida.

Bolly Tabby apresenta o elenco de DHOOM 3: 










6 comentários:

  1. Tabby amei o retorno falando desse filme , Aamir como autista deixou a desejar faltou tudo, atuar como ele fez nesse filme até eu .....Dhoom 3 me fez pensar e muito e sempre o mesmo pensamento mas que merda eu estou assistindo kkkkk Parabéns pelo retorno

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    1. Obrigada por comentar e pela força Katia Wee! ;)
      Dhoom 3 me fez pensar muito também... principalmente em queijo suíço, peneira, crateras lunares... Uhauahuahuahuahuahuahua

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  2. AEAEAE!

    Que bom ver uma postagem sua aqui novamente!

    Eu adoro o Aamir mas não cheguei nem na metade desse filme, foi demais pra mim. Essas cenas de ação são muito forçadas e eu confesso que não sou muito fã desse novo estilo de Bollywood mais moderno. Adoro quando eles focam nas tradições e coisinhas típicas.

    Que esse post te inspire mais! :)


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  3. Parei pra respirar nessa parte "Eles devem ter comentado na página do Facebook do circo" kkkkkkkkk... Coitado do Abhi, três filme e ele quase não aparece. Tb me decepcionei nesse filme. As únicas boas eram as músicas. E com um pai desse nem precisa de inimigo.. que loucura kkkkk.
    Quando acabei de assistir, pensei: Perdi três horas da minha vida!

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  4. Q máximo o blog voltar!! O texto (Bollywoodiano) carregado no humor é a coisa que mais sinto falta pela net.

    Também notei o ‘copião’ de 'O Grande Truque', que por sinal eu amo, só pra valorizar o passe do Aamir e o resto na figuração. No meu ponto de vista não incomodou pq quando leio a palavra Dhoom desligo qualquer sensor crítico e gravitacional e curto a tranqueira rsrsrs...

    Confissão: Revi a abertura do Filme só pra conferir Aamir matando barata kkkkkkkk..... Ele mata tão bem kkkkkkkkkk....

    Raquel

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